pós-graduação
Acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) realizaram levantamento arquitetônico e patológico do prédio da Brigada Militar. A ação multidisciplinar envolveu quatro disciplinas do sétimo semestre da graduação e contou com o trabalho de 28 alunos.
Realizado no primeiro semestre de 2018, o levantamento partiu de uma explicação teórica para os estudantes. Após, a turma foi divida em grupos, responsáveis por analisar plantas, fachada e prédios anexos. Em seguida, os acadêmicos observaram as patologias da edificação a fim de propor possíveis soluções.
De acordo com a professora Daniele Luckow, as principais patologias encontradas no prédio foram umidade e carência de manutenção. Com base nisso, os alunos elaboram propostas viáveis para melhor ocupação e conservação da edificação, pensando ainda na acessibilidade. “Devolvemos o relatório à Brigada para que eles tenham diretrizes nas próximas intervenções”, explica.
Os dados observados foram utilizados pelos acadêmicos em quatro disciplinas do semestre: Atelier VII, Projeto de Urbano II, Tecnologia da Construção III e Técnicas Retrospectivas. “O objetivo é unificar e trabalhar com o conjunto, para mostrar que uma coisa depende da outra e que o aprendizado na Universidade não é isolado”, aponta Daniele.
Para a acadêmica Morgana Campos, a interdisciplinaridade possibilitou o exercício simultâneo e prático de conteúdos debatidos em sala de aula. “O trabalho propiciou a reflexão sobre aspectos relevantes da atuação em equipe como potencialidade na qualidade e tempo, contando como experiência profissional positiva”, avalia.
A cada semestre o curso da UCPel analisa a situação e propõem soluções de reforma e utilização de prédios históricos. Segundo a professora, nesse formato (arquitetônico e patológico) cinco edificações já receberam levantamento arquitetônico. “A ação valoriza o cadastramento e preservação do patrimônio histórico da cidade”, completa a aluna.
Conheça o prédio
Inaugurado em 1898, o prédio situado na avenida Bento Gonçalves, entre as ruas Santa Cruz e Almirante Barroso, serviu como cadeia municipal até 1901. Nesse período, foi criada a Seção de Serviços de Extinção de Incêndios, sendo ocupado pelo corpo de bombeiros. Entre 1921 e 1927, a edificação foi sede de um Batalhão do Exército. Em 1927, após acordo entre o Estado e o município, o edifício e o terreno passaram a pertencer ao Estado para fim de uma unidade da Brigada Militar.
Redação: Piero Vicenzi

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